O papel do mandato na nossa governança

Um mandato claro e conciso é fundamental para orientar estrategicamente a atuação da equipe de investimentos, diferenciando o papel estratégico do Conselho Deliberativo e o papel executivo da gestão. Esse mandato contempla a definição da Carteira de Referência e dos Limites de Risco, elementos que norteiam a atuação da gestão e asseguram o alinhamento com os objetivos dos Planos.

A Carteira de Referência é mais do que um benchmark, é um norteador de longo prazo

A Carteira de Referência é uma carteira de investimentos teórica, estruturada conforme os objetivos de cada Plano, com base em parâmetros de longo prazo definidos em conjunto com o Conselho Deliberativo, representando indiretamente o apetite ao risco do participante, configurando-se como o benchmark para a gestão de investimentos.

Em tese, a Carteira de Referência deve ser de fácil implementação, com baixo custo, podendo ser reproduzida de forma passiva e simples, por meio da aquisição de ativos que repliquem a composição dos seus índices, tais como: CDI, IMA-B, IFIX, Ibovespa e S&P500. Por reunir essas características, a Carteira de Referência possibilita a avaliação da gestão de investimentos, através da comparação de performance com a Carteira Efetiva. 

Além disso, a Carteira de Referência possibilita uma avaliação objetiva da relação custo-benefício da gestão ativa. O valor agregado pela equipe de gestão deve ser superior aos seus custos operacionais, sendo mensurado pela comparação entre a performance líquida dos investimentos e a performance da própria Carteira de Referência.

Outro diferencial importante está na governança claramente estruturada. Cabe ao Conselho Deliberativo definir a Carteira de Referência, enquanto a Diretoria de Investimentos tem o papel de buscar retornos superiores aos da carteira, líquidos de custos, respeitando os limites de risco estabelecidos. Essa divisão de responsabilidade fortalece a governança institucional da FAPES, favorece a transparência e permite uma prestação de contas mais clara e eficaz aos participantes e ao patrocinador.

O passo a passo da definição
da Carteira de Referência

01

Modelagem de Cenários e Ativos

Construção de modelo para a projeção de cenários econômicos e para o comportamento de ativos. No caso do PBB, os fluxos esperados de pagamentos de benefícios e de recebimento de contribuições são obtidos junto ao atuário da FAPES.

02

Premissas para Cenários e Classes de Ativos

Definição das principais premissas macroeconômicas e das premissas de retorno, risco e correlação para as classes de ativos.

03

Governança na Revisão dos Resultados

Antes de serem apresentados ao CD, as premissas e os resultados oriundos da modelagem são aprovados pela DIRIN, além do CGR, COMAI e Diretoria Executiva, o que garante checagens independentes e elimina riscos de arbitrariedades.

04

Aprovação da Carteira de Referência

Equipe de investimentos apresenta ao Conselho Deliberativo carteiras de investimento com parâmetros de risco e o CD define a Carteira de Referência.

Conselho Deliberativo define, anualmente, um limite de desvio da Carteira Efetiva da FAPES em relação à Carteira de Referência.

A Carteira de Referência do PBB procura tanto endereçar os objetivos de longo prazo da Fundação quanto expressar o nível de tolerância ao risco do Conselho Deliberativo para cada Plano. Desvios em relação a essa Carteira, portanto, implicam em riscos adicionais àqueles previamente pactuados, por serem inerentes à Carteira de Referência. A métrica utilizada para traduzir tal limite é o Benchmark-VaR (B-VaR).

Esse limite busca indicar a perda potencial da Carteira de Investimentos da FAPES em relação à Carteira de Referência, dado um nível de confiança. Atualmente, o Conselho Deliberativo define, como limite a ser observado para a gestão de investimentos do PBB, um B-VaR de 5%, com 95% de confiança.

A interpretação para esse nível de significância é de que uma vez a cada 20 anos o retorno da Carteira Efetiva será pelo menos 5% menor do que o retorno da Carteira de Referência. Por exemplo, se a Carteira de Referência render 20% num determinado ano, é razoável esperar – com 95% de confiança – que a rentabilidade da Carteira Efetiva do PBB seja maior do que 15% no mesmo período.

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