O que é Polifarmácia e quais são os riscos para pessoas idosas?

Confira estratégias para o uso de medicamentos por idosos, de forma segura e eficaz.

A polifarmácia, definida como o uso simultâneo de múltiplos medicamentos por um paciente, é um fenômeno crescente e preocupante entre os idosos. Este artigo aborda os desafios associados à polifarmácia nesta população e discute estratégias para orientar os idosos a fim de promover uso seguro e eficaz de medicamentos.

Desafios da Polifarmácia em Idosos

É comum que os idosos recebam várias prescrições medicamentosas para controlar condições crônicas complexas como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas e osteoartrite. No entanto, o uso concomitante de vários medicamentos pode aumentar significativamente o risco de eventos adversos, interações medicamentosas e problemas de adesão ao tratamento. Além disso, alterações fisiológicas relacionadas à idade, como diminuição da função renal e hepática, podem influenciar a maneira como os medicamentos são absorvidos, distribuídos, metabolizados e eliminados, tornando os idosos mais suscetíveis a efeitos colaterais.

O que é importante fazer?

1. Revisão Periódica de Medicamentos

É essencial que os idosos passem por revisões regulares de medicamentos com seus profissionais de saúde, incluindo médicos, farmacêuticos e enfermeiros. Durante essas revisões, deve-se avaliar a necessidade contínua de cada medicamento, ajustar doses conforme necessário e eliminar medicamentos desnecessários ou potencialmente prejudiciais. 

2. Educação e Empoderamento

Os idosos e seus cuidadores devem ser informados sobre os medicamentos prescritos, compreendendo seus objetivos, possíveis efeitos colaterais e a importância de seguir o tratamento recomendado. Esse tipo de orientação é fundamental para elevar a consciência sobre os riscos associados ao uso de múltiplos medicamentos e possibilitar que os idosos tomem decisões bem fundamentadas sobre sua saúde.

3. Uso de Listas de Medicamentos Atualizadas

Manter uma lista atualizada de todos os medicamentos prescritos, incluindo dosagens e horários de administração, pode ser fundamental para evitar duplicações de medicação e identificar potenciais interações medicamentosas. Essa lista deve ser compartilhada com todos os profissionais de saúde envolvidos no cuidado do paciente.

4. Monitoramento Regular e Avaliação de Resultados

É crucial monitorar regularmente os idosos em uso de polifarmácia para detectar precocemente sinais de efeitos adversos, interações medicamentosas ou problemas de adesão. A avaliação periódica dos resultados terapêuticos também permite ajustes necessários no plano de tratamento.

A polifarmácia em idosos representa um desafio significativo de saúde pública, exigindo uma abordagem integrada e individualizada para o manejo de medicamentos. Ao adotar estratégias como revisões periódicas de medicamentos, educação adequada, uso de listas atualizadas, adesão e monitoramento regular, é possível reduzir os riscos associados à polifarmácia e melhorar a qualidade de vida dos idosos. A colaboração entre profissionais de saúde, cuidadores e pacientes é fundamental para garantir um uso seguro e eficaz de medicamentos na população idosa.

Por isso, a FAPES coloca você no centro do cuidado e possui um Programa de Saúde da Família com médicos generalistas que ajudam e orientam neste processo, bem como enfermeiros e farmacêuticos. 

No dia 01 de outubro é celebrado o Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional da Terceira Idade, uma data que nos lembra da importância de valorizar e cuidar dessa população e uma oportunidade para refletir sobre os desafios enfrentados pelos idosos, incluindo a polifarmácia, e para promover ações que melhorem sua qualidade de vida. É essencial que a sociedade, os profissionais de saúde e os cuidadores trabalhem juntos para garantir que os idosos recebam o cuidado e a atenção que merecem, promovendo um envelhecimento saudável e digno.

Por: 

Nathali Campos 
Analista de Saúde
Farmacêutica do Programa Saúde da Família da FAPES

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