Avaliação de Risco Cardíaco em Adultos: uma abordagem do Escore de Framingham

Saiba como é a utilização do Escore de Framingham para prevenção de doenças cardíacas

Nos últimos 20 anos houve um aumento significativo no registro de doenças cardíacas, que ainda são a principal causa de morte no mundo. No levantamento mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de mortes por doenças cardíacas aumentou em mais de 2 milhões desde o ano 2000 para quase 9 milhões em 2029. Esta enfermidade agora representa 16% do total de mortes por todas as causas.  

A utilização do Escore de Framingham como uma das formas de prevenção cardíaca

Criado em 1948 pelo médico Dr. Peter W. F. Wilson, diretor de epidemiologia e medicina gerômica do Atlanta VA Medical Center, esta estratificação é uma das formas de se calcular o risco cardiovascular global e projetar o risco de um indivíduo ao longo do tempo, com vistas à redução da mortalidade. Conduzidos na atenção primária por meio da estratégia de saúde da família, adultos acima de 30 anos conseguem avaliar seus riscos de desenvolverem alguma doença cardíaca para os próximos 10 anos. Desta forma, seu médico consegue realizar medidas preventivas. 

Alguns dos principais fatores de risco para doenças cardíacas são:

- Condições Médicas: níveis altos de colesterol ruim no sangue, pressão alta e diabetes; 

- Fatores de Estilo de Vida: tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo, obesidade e consumo excessivo de alcoól; 

- Fatores Hereditários: fatores genéticos. 

Calculadora de Risco Cardiáco

Com a estratificação do Escore de Framingham foram desenvolvidas calculadoras para medir se o indivíduo tem baixo, médio ou alto risco de desenvolver alguma doença cardíaca pelos próximos 10 anos. Nestes cálculos são contemplados resultados clínicos, estilo de vida e hereditários dos pacientes. 

O resultado é expresso em percentagem, conforme os dados são introduzidos na calculadora. Esta abordagem promove maior engajamento das pessoas em cuidados para não desenvolverem doenças cardíacas. 

Prevenir é o melhor tratamento que você pode se dar. Muitas vezes, alterar os hábitos é o suficiente para uma vida mais saudável e afastar riscos de doenças cardíacas ou coronarianas. Procure sempre seu médico de família para ter orientação adequada das melhores escolhas que tomamos em nossa saúde. 

Por:

Andrea Dornelles
Médica Generalista, Cardiologista e Intensivista
Programa Saúde da Família FAPES

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