Thu Feb 29 15:19:00 UTC 2024

Como tornar nossa casa mais segura para a prevenção de queda?

Segundo o Ministério da Saúde, queda é o deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em dano.
 
Ninguém está livre de uma queda: criança, jovem, adulto ou idoso, distraído, apressado ou bastante cauteloso. O risco de queda é sempre uma possibilidade real, seja pelo uso de sapatos inadequados, pela disposição dos móveis e/ou objetos no domicílio, ou pelo uso de alguns tipos de medicamentos.

As quedas são mais frequentes em:

- Idosos com idade igual ou superior a 75 anos;

- Pessoas em jejum há muito tempo;

- Indivíduos com dificuldade para andar ou que usam muletas, bengalas ou andadores;

- Pessoas com deficiência auditiva, visual e/ou cognitiva;

- Indivíduos que usem remédios que causem sonolência, tontura ou perda de equilíbrio.

Os fatores associados às quedas são multidimensionais. O envelhecimento causa alterações no equilíbrio e na estrutura muscular e óssea, aumentando a incidência de quedas, que podem causar lesões, desde as mais leves até as mais graves. Apesar de não causar danos, isso pode afetar seriamente a saúde e a qualidade de vida.

As quedas em idosos podem ser evitadas, visando especialmente os fatores associados passíveis de prevenção. Algumas atividades e comportamentos de risco podem aumentar a possibilidade de cair, assim como ambientes inseguros, principalmente em ambiente domiciliar.

Os fatores ambientais estão presentes na maioria das quedas (20 a 58%), sendo as superfícies irregulares, molhadas, escorregadias, escadas, objetos e/ou tapetes, ou pisos soltos e desníveis no chão os mais comumente encontrados.
         
Para evitar que tais situações aconteçam, comece seguindo estas orientações gerais: é simples e fácil!

Pequenas mudanças no ambiente podem gerar grandes benefícios. Preste atenção a cada lugar de sua casa e lembre-se de que a cozinha e o banheiro são os mais perigosos.

Os lugares de circulação devem ter pisos antiderrapantes, foscas, sem tapetes soltos e serem livres de objetos como degraus isolados entre ambientes ou tacos soltos, que possam confundir ou ocasionar quedas.

Mobília instável deve ser substituída por sofás ou cadeiras firmes, fortes, com antebraços que permitam o apoio para os atos de sentar-se e levantar. Armários muito altos ou muito baixos também predispõem às quedas.

Iluminação insuficiente, interruptores apenas em uma extremidade dos recintos, ausência de luzes noturnas sinalizadoras ou luzes ofuscantes devem ser evitados. Os ambientes devem ser claros e arejados.

Atente para escadas, que devem ser bem iluminadas, possuir faixa antiderrapante e ter corrimão, de preferência em ambos os lados. Outro ponto importante em casa é evitar comportamentos de alto risco, como subir em pequenos bancos em vez de em escadas.

Chinelos que enroscam facilmente podem ser trocados por tênis, meias antiderrapantes ou sapatos com velcro. Roupas muito apertadas ou compridas também podem resultar em quedas.

Os medicamentos associados ao risco de quedas são os cardiovasculares, analgésicos, sedativos, ansiolíticos e antidepressivos. Esses três últimos agem no sistema nervoso central e alteram a percepção, comportamento e a consciência. Se perceber que os medicamentos estão causando sonolência ou tontura, agende uma consulta com seu médico generalista para conversar a respeito.

Entendemos a queda como evento importante na diminuição da capacidade funcional do idoso. A equipe do Programa Saúde da Família FAPES está à disposição para realizar visitas domiciliares com o intuito de avaliar o risco de queda e sugerir as ações de caráter preventivo para pacientes sob risco.
Fale com o seu enfermeiro de família e agende uma visita domiciliar.

Por:



Aline Rieger
Enfermeira
Programa Saúde da Família FAPES



Fernanda Figueiredo
Enfermeira
Programa Saúde da Família FAPES



Nayana Badaro

Enfermeira
Programa Saúde da Família FAPES

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